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domingo, 8 de agosto de 2010

Teoria dos Dois Fatores de Herzberg

Frederick Herzberg (Lynn, Massachusetts, EUA, 18 de Abril de 1923 - 19 de Janeiro de 2000, Salt Lake City, Utah) foi o autor da "Teoria dos Dois Fatores" que aborda a situação de motivação e satisfação das pessoas.

Nesta teoria Herzberg afirmava que:

A satisfação no cargo é função do conteúdo ou atividades desafiadoras e estimulantes do cargo, são os chamados "fatores motivadores";
A insatisfação no cargo é função do ambiente, da supervisão, dos colegas e do contexto geral do cargo, enriquecimento do cargo (ampliar as responsabilidades) são os chamados "fatores higiênicos".
Herzberg, verificou e evidenciou através de muitos estudos práticos a presença de que dois fatores distintos devem ser considerados na satisfação do cargo; são eles: os Fatores Higiênicos e os Motivacionais.


Fatores Higiênicos

Estes fatores são aqueles que referem-se às condições que rodeiam o funcionário enquanto trabalha, englobando as condições físicas e ambientais de trabalho, o salário, os benefícios sociais, as políticas da empresa, o tipo de supervisão recebido, o clima de relações entre a direção e os funcionários, os regulamentos internos, as oportunidades existentes etc. Correspondem à perspectiva ambiental. Constituem os fatores tradicionalmente utilizados pelas organizações para se obter motivação dos funcionários. Herzberg considera esses fatores higiênicos muitos limitados na sua capacidade de influenciar poderosamente o comportamento dos empregados. Este, escolheu a expressão "higiene" exatamente para refletir o seu caráter preventivo e profilático e para mostrar que se destinam simplesmente a evitar fontes de insatisfação do meio ambiente ou ameaças potenciais ao seu equilíbrio. Quando esses fatores são ótimos, simplesmente evitam a insatisfação, uma vez que sua influência sobre o comportamento, não consegue elevar substancial e duradouramente a satisfação. Porém, quando são precários, provocam insatisfação.


Fatores Motivacionais

Estes fatores são aqueles que se referem ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos deveres relacionados com o cargo em si. São os fatores motivacionais que produzem algum efeito duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em níveis de excelência, isto é, acima dos níveis normais. O termo motivação, para Herzberg, envolve sentimentos de realização, de crescimento e de reconhecimento profissional, manifestados por meio do exercício das tarefas e atividades que oferecem um suficiente desafio e significado para o trabalhador

Em suma, a teoria dos dois fatores sobre a satisfação no cargo afirma que:

a satisfação no cargo, é a função do conteúdo ou atividades desafiadoras e estimulantes do cargo: são os chamados Fatores Motivacionais;
a insatisfação no cargo é função do ambiente, da supervisão, dos colegas e do contexto geral do cargo: são os chamados Fatores Higiênicos.

Sistemas de administração de Linkert

Dentre alguns dos contribuintes da teoria comportamental, encontra-se Rensis Linkert, sociólogo americano que propôs que cada organização segue o seu próprio ritmo de administração. Para ele isso ocorre devido a existência de variáveis tais como processo decisório, sistema de comunicação, relação interpessoal e o sistema de recompensas, fazendo com que cada organização tenha características próprias na sua maneira de administrar.

Baseada nessas mesmas variáveis Linkert propôs também um esquema dividido em 4 sistemas que podem avaliar o desempenho de produtividade de cada organização.

O sistema 1 ou autoritário coercitivo é bem rígido pois o processo decisório se concentra na mão de poucos, a comunicação é limitada e um sistema de punição é vista como a melhor maneira de fazer um funcionário cumprir seu papel.

O sistema 2 ou autoritário benevolente é bem semelhante ao primeiro, porém ocorrem exceções quanto a tomada de decisões, a comunicação já é menos escassa. E os funcionários já recebem certa medida de confiança podendo até receber recompensas.

O sistema 3 ou consultivo apresenta uma melhora representativa em relação aos dois anteriores, pois o processo decisório não se limita aos que estão no topo da hierarquia, mas todos podem opinar e ter suas devidas recompensas de acordo com suas contribuições.

O sistema 4 ou participativo é visto como é melhor de todos, se caracteriza por ser o mais democrático e apesar da cúpula administrativa definir as diretrizes, o processo decisório é totalmente descentralizado e qualquer um independente de seu nível de hierarquia pode propor soluções ou benefícios, o que gera um ambiente de muita confiança e conseqüentemente resulta num conhecimento interpessoal. Segundo Linkert quanto mais próximo uma empresa estiver do quarto nível, maior será seu nível de produtividade.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Fatores Motivacionais

Para proporcionar continuamente motivação no trabalho, Herzberg propõe o "enriquecimento das tarefas" ou "enriquecimento do cargo" que consiste em substituir as tarefas simples e elementares do cargo por tarefas mais complexas. O enriquecimento de tarefas depende do desenvolvimento de cada indivíduo e deve adequar-se às suas características individuais em mudança.

O enriquecimento de tarefas pode ser de dois tipos:

•Vertical: Que é a eliminação de tarefas mais simples e acréscimo de tarefas mais complexas;

•Horizontal: Que é a eliminação de tarefas relacionadas com certas atividades e acréscimo de outras tarefas diferentes, mas no mesmo nível de dificuldade.

Além de causar efeitos nas organizações, esses podem ser positivos ou negativos, onde são:

•Os positivos:

-O aumento da motivação;

-Aumento da produtividade;

-Redução da rotatividade do pessoal.

•Os negativos:

-O aumento de ansiedade em face de tarefas novas e diferentes quando não são bem sucedidas nas primeiras esperiências;

-Aumento do conflito entre as expectativas pessoais e os resultados do trabalho nas novas tarefas enriquecidas;

-Sentimentos de exploração quando a empresa não acompanha o enriquecimento de tarefas com o enriquecimento da remuneração;

-Redução das relações interpessoais devido à maior concentração nas tarefas enriquecidas.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Origens da Teoria Comportamental

As origens da Teoria Comportamental da Administração são:

1. A oposição ferrenha e definitiva da Teoria das Relações Humanas (com sua profunda ênfase nas pessoas) em relação à Teoria Clássica (com sua profunda ênfase nas tarefas e na estrutura organizacional) caminhou lentamente para um segundo estágio: a Teoria Comportamental.
2. A Teoria Comportamental representa uma extensão da Teoria das Relações Humanas, desprezando as suas concepções ingênuas e românticas.
3. A Teoria Comportamental critica a Teoria Clássica, havendo no behaviorismo uma verdadeira oposição de idéias à teoria da organização formal, aos princípios gerais da administração, ao conceito de autoridade formal e à posição rígida e mecanística dos autores clássicos.
4. Com a Teoria Comportamental deu-se a incorporação da Sociologia da Burocracia, aplicando o campo da teoria administrativa. Também com relação à Teoria Burocrática, mostra-se muito crítica, principalmente no que se refere ao “modelo de máquina" que aquela adota para representar a organização.
5. Em 1947 surge um livro que marca o início da Teoria Comportamental na administração: O Comportamento Administrativo, de Herbert ª Simon. É um ataque aos princípios da Teoria Clássica e a aceitação – com os devidos reparos e correções - das principais idéias da Teoria das Relações Humanas. É o início da Teoria das Decisões.
Ao criticar as teorias anteriores, o behaviorismo na Administração não somente renova as abordagens, mas amplia o seu conteúdo e diversifica a sua natureza.

Definição Basica

A Teoria Comportamental (ou teoria behaviorista) é uma teoria aplicada à administração de empresas que trouxe uma nova concepção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem das ciências do comportamento (behavior sciences approach), o abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores ( teorias clássica, das relações humanas e da burocracia) e a adoção de posições explicativas e descritivas. A abordagem comportamental, conhecida como behaviorista, segundo Chiavenato (2003), é caracterizada por ser decorrência da Teoria das Relações Humanas. Assim, sua ênfase ainda se encontra no comportamento humano, porém, leva em consideração o contexto organizacional, de forma mais ampla, abrangendo a influência desse comportamento na organização como um todo e as perspectivas das pessoas diante das organizações.
A Teoria Behaviorista da Administração não deve ser confundida com a Escola Behaviorista que se desenvolveu na Psicologia a partir dos trabalhos de Watson. Ambas se fundamentaram no comportamento humano. Porém, o behaviorismo que Watson fundou trouxe à Psicologia uma metodologia objetiva e científica baseada na comprovação experimental, em oposição ao subjetivismo da época, mas centrando-se no indivíduo, estudando o seu comportamento (aprendizagem, estímulo e reações de respostas, hábitos etc.) de forma concreta e manifesta no laboratório e não através de conceitos subjetivos e teóricos (como sensação, percepção, emoção, atenção etc.).
Mas a frente nós nos aprofundaremos no tema.